Mais dois casos confirmados de peste negra na Mongólia


Mais dois casos confirmados de peste negra na Mongólia

Foram confirmados dois casos de peste bubónica, conhecida como peste negra, na Mongólia, avança a agência de notícias chinesa Xinhua.

São dois irmãos da cidade de Khovd, que contraíram a doença depois de terem comido carne de marmota.

Sobe assim para três o número de casos confirmados da doença na zona, depois de a região chinesa da Mongólia Interior ter registado o primeiro caso, na cidade de Bayannur. Várias cidades circundantes foram isoladas e as autoridades já decretaram o fecho de todos os postos de turismo.

As autoridades informaram ainda que um caso suspeito acabou por se revelar negativo. Tratava-se de um rapaz de 15 anos, que tinha comido carne de marmota, comportamento que terá originado as outras infeções.

A peste bubónica existe em animais como marmotas, e propaga-se para os seres humanos através de pulgas que se alojam em hospedeiros, como é o caso das marmotas.

O surgimento destes novos casos já levou as autoridades a proibirem o consumo de carne de marmota.

Por fazer fronteira com a China e com a Mongólia, a Rússia já anunciou medidas para impedir que a doença chegue ao país.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que já teve conhecimento dos casos, e que está a acompanhar a situação de perto.

No momento, não consideramos que seja de risco elevado, mas estamos a vigiar de perto", disse a porta-voz da OMS, Margaret Harris, numa conferência de imprensa, em Genebra.

Segundo a OMS, a peste negra é uma doença que provoca graves sintomas, podendo evoluir para septicemia (infeção generalizada) ou pneumonia. A taxa de letalidade é de 30%, mas pode mesmo chegar aos 100% se a doença não for tratada atempadamente.

Apesar de serem reportados muitos poucos casos, a peste negra é recorrente em países como a República Democrática do Congo, Madagáscar ou o Perú.

A peste negra foi a causa de uma grande mortandade na Europa do século XIV. Historiadores acreditam que terá morrido entre 30% a 60% da população europeia, numa doença que terá vitimado mais de 100 milhões de pessoas.

Apesar de os tratamentos e cuidados serem incomparavelmente melhores nos dias de hoje, um paciente que fique sem tratamento corre grave risco de vida.

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