1º de Agosto defende prestígio angolano no futebol africano


A atravessar uma fase de afirmação competitiva, depois de um longo período de incertezas, marcado por exibições e resultados em nada condizentes com o peso do plantel, o 1º de Agosto encara o jogo com o Zesco United FC da Zâmbia, amanhã às 17h00, no Estádio Nacional 11 de Novembro, como uma final, dada a pretensão de chegar aos quartos-de-final da Liga dos Clubes Campeões Africanos de futebol.

Motivado pelo triunfo de domingo, frente ao Petro de Luanda, por 2-0, no clássico dos clássicos, que, à semelhança da época passada, desequilibrou a disputa entre os dois colossos, na discussão do título, os militares do Rio Seco assumem a obrigação de conquistar os três pontos, a julgar pelo factor caso.
Conhecedores da capacidade futebolística do embaixador zambiano, pelas ilações tiradas no empate sem golos, há uma semana na cidade de Ndola, os pupilos do sérvio Zoran Macki terminam hoje a preparação do desafio, focados na adopção de uma postura de controlo da iniciativa do jogo e, com isso, obrigar o adversário a redobrar os cuidados defensivos.
Abandonar a partilha da cauda da tabela classificativa do Grupo D, com o Zesco, a dois pontos, é o objectivo do 1º de Agosto, que para chegar à fase seguinte da prova faz contas com o triunfo no último desafio disputado em casa, quando receber o Mbabane Swallows do Reino de eSwatini, ex-Swazilândia. Para tal, os rubros e negros acreditam no pleno dos tunisinos do Etoile du Sahel na dupla jornada continental.
O triunfo do Etoile, por 3-0, na visita a Mbabane, sustenta a convicção dos militares de que, diante do seu público, o representante da Tunísia, comandante da série, sete pontos, não vai dar qualquer hipótese ao adversário, segundo classificado, com quatro pontos somados.
Se conseguir evitar a repetição do desperdício protagonizado na ronda inaugural, que marcou o seu regresso à grande montra do futebol continental de clubes, 21 anos depois de ter testemunhado o baptismo da prova, o 1º de Agosto pode festejar pela criação de um cenário competitivo mais animador, por ocupar uma das duas posições que garantem o apuramento.
O empate (1-1), na recepção ao Etoile du Sahel, denunciou as fraquezas do embaixador angolano, que rejeitou a possibilidade de ser feliz, num jogo em que mostrou argumentos para começar a competição por cima. E, para agravar o quadro, perdeu (0-1), na deslocação ao terreno do Mbabane Swallows, considerado pela crítica o adversário menos competitivo no grupo. Privado dos préstimos de Mário, jovem afirmado no meio campo, no último clássico, por não estar inscrito na Confederação Africana, à semelhança do avançado Melono, a equipa técnica do clube militar está, certamente, inclinada a repetir a postura demonstrada domingo, com a diferença de ter de assumir o comando da partida.

Apoio dos adeptos
A presença do público volta a ser importante para os bi-campeões angolanos, ultimamente habituados a competir sem gente nas bancadas, como se estivessem castigados a jogar à porta fechada. A ausência dos adeptos dá conforto aos visitantes, como foi testemunhado na primeira jornada na recepção ao Etoile, bem como na ronda passada, no reduto do Zesco United.
Apesar do afastamento do recinto dos principais centros urbanos de Luanda, os aficcionados do futebol, sem ter em consideração o clube pelo qual vibra, são aguardados amanhã, em bom número, no Estádio 11 de Novembro, a fim de empurrarem o 1º de Agosto à conquista dos três pontos, já que os jogadores se transcendem com a presença dos adeptos.
Mingo Bile, um dos mais antigos do balneário rubro e negro, explicou a importância da presença do pú-blico: “Será muito bom con-
tar com o apoio do nosso pú-blico. A presença dos adep-tos dá-nos força, na busca da vitória. Acreditamos que vamos continuar na senda das vitórias”.

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