Polícia apela à calma e nega ataques a escolas

Circula nas redes sociais uma mensagem que reporta a existência de um grupo de marginais, denominado “Cuna Mata”, que, supostamente, está a invadir escolas e a instalar o pânico no seio da população em alguns bairros da província de Luanda.
O pânico também chegou às escolas da Cidade do Kilamba 
Fotografia: Vigas da Purificação | Edições Novembro
O porta-voz do comando provincial de Luanda da Polícia Nacional, inspector-chefe Lázaro da Conceição, informou, ontem, que, quando a Polícia recebeu denúncias sobre o grupo, criou equipas, integradas por agentes e oficiais, que, colocados em algumas escolas de Viana, por exemplo, nada constataram. 
Lázaro da Conceição garantiu que não passa de um falso alarme, pelo que os encarregados de educação podem continuar a mandar os seus filhos às escolas.
O porta-voz tranquilizou a população dos bairros onde ocorreu o pânico e apelou para que, em caso de alguma situação que ponha em causa a segurança pública, que se façam denúncias através do número 914041039 ou de outros já disponibilizados pelo comando provincial.
Ontem, vários encarregados de educação e alunos que estudam em escolas de Viana, Calemba II e da Centralidade do Kilamba entraram em pânico quando ouviram que um grupo de meliantes, recentemente postos em liberdade, circulava pelas escolas para cometerem crimes, como violar e injectar, com recurso a seringas, substâncias estranhas.
Com medo, muitos alunos abandonaram o curso normal das aulas. No período da tarde, a mesma informação, que circula nas redes sociais,  continuou a ser espalhada por escolas da Cidade do Kilamba e do bairro Calemba II, situação que criou susto aos alunos e fez com que abandonassem as aulas. O pânico espalhou-se por Luanda, razão pela qual muitos encarregados de educação proibiram os filhos de irem à escola. Celma Fernandes, moradora da Cidade do Kilamba, explicou ao Jornal de Angola, por telefone, ter tomado conhecimento de que andavam a circular em algumas escolas informações da existência de um grupo de marginais "potencialmente perigosos".
Quando se deslocou à escola da filha, denominada "Gruta do Zenzo,  na Cidade  do Kilamba, encontrou um "cenário de pânico geral", tendo, por esta razão, decidido tirar da escola a sua filha antes do fim da aula. 
Moisés Agostinho, morador do bairro Kapalanga, em Viana, informou que o susto também chegou à escola onde o seu filho estuda e apelou, por isso, às forças policiais para continuarem a velar pela segurança dos cidadãos.
O cenário de pânico, com alunos em correria desenfreada e encarregados de educação preocupados, registou-se também nos colégios "Taty Ngonga" e "Bassima", bem como nas escolas primárias e do I ciclo "Dom Moisés Alves de Pinho", 2025 e 9025, localizadas no bairro Sapu.

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