Angolanas mantêm vantagem com o triunfo frente à Tunísia


A Selecção Nacional sénior feminina de basquetebol soma e segue no Campeonato Africano das Nações, Afrobasket, após obter mais um triunfo diante da similar tunisina, por 62-55, em partida disputada do Palácio dos Desportos, na cidade de Bamako, Mali, pontuável para a terceira jornada do Grupo A.
                         
Contrariamente ao prognóstico feito, a Tunísia conseguiu contrariar o favoritismo teórico das angolanas, apontadas até então como uma das candidatas a chegar à final, fruto da sua trajectória invicta nesta fase de grupo, deixando por terra as anfitriãs, adversárias da segunda jornada.
Angola abriu uma vantagem de cinco pontos, mas de imediato foi anulada, pois Italee Lucas voltou a ser alvo de forte sub-marcação. As suas qualidades individuais dificilmente passam despercebidas aos olhos das adversárias. Estavam decorridos cinco minutos e o seleccionador nacional, Jaime Covilhã, chamou a jogadora para o banco, lançando Rosa Gala.
De imediato, o jogo ofensivo das angolanas voltou a funcionar em pleno, com uma vantagem de 27-13. Na resposta, Ben Addallah, técnico tunisino, chamou atenção às suas jogadoras para a necessidade de exercerem maior pressão à jogadora em posse da bola, de modo a impedir o avolumar do resultado.
A Tunísia voltou a equilibrar. A extremo Houda Hamrouni, dotada de apurada técnica individual, fazia a diferença nos lançamentos de curta distância, bem como nas penetrações para o cesto. Apesar da recuperação ofensiva do adversário, Angola conseguiu manter a vantagem na casa dos dois dígitos, até certo ponto uma preocupação a menos para Jaime Covilhã. As jogadoras orientadas por Ben Addallah conseguiram melhorar a produção ofensiva, reduziu a desvantagem (25-33) e o seleccionador nacional respondeu com a chamada da extremo Ana Gonçalves, para o lugar de Luísa Tomás, sem surtir o efeito desejado até ao final da primeira parte.
A defensiva angolana voltou a claudicar no reatamento, com a Tunísia focada em mudar o rumo dos acontecimentos. Chegou a obter um parcial de cinco pontos. No terceiro período, a base tunisina Wafa Loubiro concretizou um lançamento de três pontos, para a insatisfação de Covilhã, que chamou a jogadoras para a corrigir a defensiva.

Triplo determinante

A ineficácia do jogo exterior, aliada à fraca percentagem nos lançamentos livres, preocupava a equipa técnica, ao passo que a selecção magrebina concretizava os seus intentos, chegando a reduzir a desvantagem para a margem mínima (40-41). Mas Rosa Gala relançou as esperanças de Angola, com um triplo. O cinco nacional venceu em termos globais o terceiro quarto (48-42), mas pela primeira vez esteve a perder no parcial (15-17), face às dificuldades para ultrapassar a defesa à zona imposta pela Tunísia. Luísa Tomás fazia a diferença nos ressaltos defensivos.
Tal como era esperado, no quarto derradeiro período as angolanas experimentaram dificuldades para sair com a bola jogada até a zona restritiva contrária. Sem hesitar, Jaime Covilhã solicitou desconto de tempo, no sentido de abrandar o ataque da selecção do norte de África.
A Tunísia vencia no parcial por 5-1. O seleccionador nacional voltou a acertar na substituição, visando o cesto contrário com maior frequência, embora a extremo tunisina Siwar Khlifa respondesse pela mesma moeda, a par da companheira Houda Hamrouni.

Quando parecia que a Tunísia fosse assaltar a liderança, Rosa Gala reforçou as aspirações do combinado nacional, para o desespero de Ben Addallah, que levou as mãos à cabeça, antes de solicitar desconto de tempo. A quatro minutos do fim, o treinador angolano falou com as jogadoras sobre a importância de gerir e explorar o tempo de ataque, o que não surtiu efeito, mas felizmente para a Selecção, as adversárias pareciam nervosas e recorriam a faltas.
Italee Lucas teve frieza nos de três pontos, alargando a vantagem para cinco pontos. Sem muitos argumentos, a selecção tunisina procurava jogar e criar condições para as sua melhores lançadoras finalizarem com lançamentos de longa distância, mas sem sucesso.

Estava consumada a terceira vitória de Angola, que mantém acesas as aspirações de resgatar o título perdido em 2015. A Selecção assumiu a liderança do Grupo A, agora com seis pontos. Italee Lucas voltou a ser a Jogadora Mais Valiosa, com 15 pontos, mais um em relação a tunisina Houda Hamrouni.
A prova regista hoje a primeira pausa e prossegue amanhã. Angola defronta a Costa do Marfim, às 21h45. Antes jogam, às 17h15, Tunísia-Camarões, e às 19h30, Mali-RCA.

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