Selecção Nacional sénior feminina de andebol está a um passo da conquista do seu 12º

A Selecção Nacional sénior feminina de andebol está a um passo da conquista do seu 12º troféu continental, quando defrontar hoje, às 19h00, a sua similar do Senegal na partida da final da 22ª edição do Campeonato Africano das Nações (CAN), no Pavilhão Arena do Kilamba.
Com os melhores ataques e defesa da competição, as Pérolas são favoritas ao triunfo, apesar da ousadia do conjunto senegalês. Angola marcou 209 golos e sofreu 107, com saldo positivo de 102 e média de 34.83 golos por jogo, números que mostram a superioridade da selecção angolana.
Na fase de grupos do CAN, Angola venceu a Costa do Marfim por 37-18;  31-18 contra o Senegal; 30-14 com os Camarões e 38-19 diante do Congo Democrático. Nos quartos-de-final com a Argélia produziu o resultado mais volumoso da prova, ao vencer por  42-19,  e nas meias-finais derrotou os Camarões por 31-19. 
A selecção disputou a última final em 2012 na cidade de Rabat, na época sob o comando de Vivaldo Eduardo, onde conquistou o 11º ceptro. O Senegal jogou a sua primeira e única final do CAN há 42 anos.
Orientadas tecnicamente pela dupla Filipe Cruz/Edgar Neto, as Pérolas de África querem confirmar o favoritismo. Superior em todos os sectores do jogo, o “sete” nacional é formado por um conjunto homogéneo, facto comprovado no decorrer da prova, pelo que o técnico se deu ao luxo, em todos os jogos, de colocar em campo uma segunda equipa.  Para cada posto específico, Angola conta com duas jogadoras com a mesma eficácia. Muito agressivas a atacar e coesas a defender no sistema 5-1 com uma variação para o 6-0, as pupilas de Filipe Cruz têm a oportunidade de mostrar que o sucedido em 2014 na cidade de Argel foi um acidente de percurso. 
A selecção mostrou estar num patamar muito elevado em relação às adversárias. Não é obra do acaso ser a representante do continente, em seis edições consecutivas, nos Jogos Olímpicos. Teresa Almeida “Bá” e Neide Barbosa destacam-se na baliza angolana e fazem de tudo para frustrar os propósitos das selecções opositoras.
Na primeira linha, Natália Bernardo com uma excelente leitura de jogo, líder dentro e fora do campo, faz jogar a equipa. No mesmo posto, destacam-se Isabel Guialo “Belinha” (dona de um potente remate), Magda Cazanga (eficaz na linha dos nove metros) e Aznaide Carlos (esquerdina que, apesar de franzina, faz a diferença). Vilma Neganga e Dalva Peres, embora estreantes, saíram-se bem e merecem a confiança do treinador. Luísa Kiala (experiente) dá outro alento ao grupo e Lurdes Monteiro (aguerrida a defender) são as jogadoras universais. Neste posto, Wuta Dombaxi também  é uma unidade forte, mas devido a uma lesão deixou de ser opção.
Albertina Kassoma e Liliana Venâncio dão altura ao bloco defensivo de Angola e as pontas Juliana Machado, Joelma Viegas “Cajó”, Carolina Morais e Janeth Santos contribuem para o desequilíbrio nas defesas contrárias. São estas jogadoras que podem garantir esta noite a conquista do 12º título africano.

Postar um comentário

0 Comentários